A
característica era definida por: lotado com a rotina de quem trabalha, estuda e
luta diariamente. Eu estava na porta dos fundos totalmente presa, quando vi um lugar
vazio e frio para acabar com as câimbras na visão comprometida pela falta do
que ouvir.
Foi
quando do meu lado esquerdo a música invadiu as minhas lembranças e, depois de
muito tempo, tive vontade de cantar. Tudo isso porque um cara da favela esqueceu
o seu fone de ouvido e agraciou a todos os estressados presentes com um som do
Tim Maia Racional.
Ai
foi quando me lembrei de que, no passado, eu estava no meu quarto admirando a
obra desse grande cantor brasileiro e compartilhava a minha paixão com um
ex-boy, só para causar uma boa impressão que logo após se tornou uma reverencia
profunda: eu realmente me apaixonei pelo carinha e também por Tim Maia. Foi um
tormento conciliar essa violência sentimental.
Mas
voltando para o presente, a marginalização social pôs um bom gosto musical na
minha ida para a faculdade. Foi estranho, pois os meus pés estavam no ritmo e a
minha voz quase se transformou em segunda só para acompanhar aquele homem que
pela sujeira e consequências de uma vida frustrada, se agarrou a uma camisa
suada para descer junto comigo na linha
de chegada.
O
caminho do bem...
_Manuela Felix_
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