Cabeça



Dor é não saber o lugar certo. As armas estão passando, as tranças se desfazendo e a tatuagem extinta perde o sentido.

Uma batalha constante de e-mails que pretendo não responder e de ligações que nunca vou retornar. Quem não quiser aceitar, se afaste. Quem me quiser por perto, me subestime.

São jogos e escolhas das quais tenho a concretizar no solo árido do intocável. O olhar sobre os óculos vencidos.

“Ultimamente não estou falando nem comigo mesmo”, falou um grande amigo vindo de Alagoas tão extasiado para falar do destino que uniu, afastou, reclamou, me fez rir no ócio de uma tarde com temperaturas acima da minha impaciência.


Quero um pouco de frio. 


                                      _Manuela Felix_

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