Paz



Enquanto procuro uma resposta no meio de uma outra conversa delicada, a menina me contou que pretendia esquecer algumas experiências negativas do passado. Li e me pareceu semelhante com os meus medos e incertezas antigas.

Olhei o espelho interior e disse:” Tudo foi como tinha que ser. Eu mesma tive que passar por coisas ruins para valorizar a mim mesma. Sinto como se fosse a última vez. Porque pode ser a última mesmo.”

Realmente fiz a escolha de virar a página e ler o próximo capítulo da história da minha vida. Os cofres da lembrança nos servem de aprendizado. A gente continua seguindo em frente.

Dos pontos finais conheço bem e me parecem necessários. Melhor ainda são as reticências.

Há sempre uma chance.


                                                              _Manuela Felix_

Diário



Dentro do local, eu lia Ricardo Noblat e aguardava a minha vez. O clima de Copa do Mundo perdeu a beleza com a derrota da seleção brasileira. O luto vestia verde e amarelo.

Sobre o meu aniversário - que foi no dia 30 de junho -  restaram presentes, amigos, abraços, sorrisos, bolos e quilos a mais. Uma ligação me fez chorar. Faz parte.

Devido aos problemas com o computador, a blogueira aqui não fez mais postagens e escrevia na imaginação possíveis textos sobre pintura alagoana. Pensei que não ia conseguir desenvolver o assunto de um lugar que mal conheço. Ou penso não conhecer.

Nas horas vagas dessas férias, vou seguir na crença de que a alegria tem um jeito doce de permanecer comigo. O sorriso largado vai incomodar os corações aflitos, as notícias sem apuração, os olhares desafiadores e a fúria calma da falsidade diária.

Calada estou e me pergunto: “de onde tiro forças para suportar isso?"


                                                           _Manuela Felix_
Tecnologia do Blogger.