Às vezes acreditamos na
mudança do outro por ele mesmo. Às vezes nos perdemos pelas semanas e noites ao
declarar uma força estranha. Às vezes nos pegamos lendo as linhas escritas por
Manuela Felix e não sabemos muito bem o que ela tem a dizer. Talvez nada.
Apenas leia.
Estava eu tentando
acreditar que o passado não é mais presente, mas percebi que tudo está da
maneira como deixei. O conflito permanece, as vontades antigas e o calor tão
frio como o olhar que pousa sobre o presente.
Me encontro acordada na
alma e pressionada no compromisso de cumprir os objetivos. É difícil e nesses
momentos me lembro de um filme que quero fazer, de uma máquina de escrever no
meio do nada, de uma xícara de chá, de sorrir.
Eu escolho a
simplicidade.
Concordo que reatar os ânimos,
tentar deixar tudo bem e seguir em frente tem sido uma constante. Não viveria sem
aquela dor fina que atravessa as veias e toca os meus dedos.
Ando por sonhar com a casa
e os bixinhos saltitantes na grama ressecada pelo clima tão nordeste
da minha imaginação.
_Manuela Felix_