Filme



Quando os olhos do destino encontram os meus passos assustados e presos ao sonho livre, a porta se abre. No oitavo andar eu vi mais do que paredes, cadeiras e um homem que fala, cria e toca a minha imaginação. Eu pude perceber outra dimensão de compostos irreais para pousar em algum segundo de paz.

Eu tenho medo de olhar para mim através das gotas do sol e ele percebe isso. Acho que me assusto em todas as tentativas, pois é tudo tão violento e incompreensível.

Caros leitores: essa sou eu com medo de algo em mim que quer sair e que quando sair vai ser difícil controlar e irresistível não perceber.

Me sento no canto da sala, querendo um pouco de silêncio no meu dia tão barulhento, com tantos telefones tocando, tantas notícias acontecendo e o jornalismo me mantando de tanto amor.

Evito encarar e presenciar. Entretanto, quando o sol nasce dentro da minha vida é difícil a sequência da morte. Eu tinha tanto para falar, mas estou esperando o momento certo para que a imagem traduza as palavras.


É um pulso de desejo pelos raios sobre a lagoa.


                                                  _Manuela Felix_

0 comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.