Algumas semanas vieram como a verdade absoluta pré-estabelecida dos meus sonhos. Estar sensível aos avisos e sinais do universo é algo tangível. Especial, na verdade, é abrir as portas do destino revelador.
Pois bem. Fui bloqueada no whatsapp, briguei com o
cara da última noite, minha dor nas costas está pior e dormir é algo raro. Mesmo
com tantos pormenores latejando o cotidiano, pude sentar no ônibus e olhar
através da janela desses acontecimentos.
Conclui, aos 80 km\h, o quanto tem sido difícil administrar
os medos com a vontade de ser feliz. Visualizei o passado pelas chamas da
lágrima que nos constrói até virarmos pessoas mais fortes. O sorriso é
inevitável quando vemos com positividade os momentos ruins.
Por isso, é melhor não encarar seus pesadelos reais
em projeções de um futuro catastrófico. A gente tem mania de pensar que algumas
situações difíceis são o nosso “carma” ou “cruz”. Então, escolha usar o carma
para atingir um nível de personalidade mais elevado e a cruz como modo de
passar pelo caminho da adversidade.
Se for para chorar, chore. Se for para quebrar tudo
dentro de casa, quebre. Se for para dar aquele saudoso “vai tomar no cú”, vá em
frente. Porém, não deixe o passageiro dominar o que é eterno, ou seja: a busca
pela felicidade, a alma única e o coração cheio de aspirações.
Não importa como você esteja. Apenas siga na
velocidade adequada da sua trajetória. Vamos rir, chorar, refletir e descer na
parada obrigatória do recomeço. É como diz Guimarães Rosa: “O correr da vida
embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega
e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”, sempre.
_Manuela Felix_