Jornais




Estou em guerra com o lead, o gênero informativo e o jornalismo piegas sem profundidade. É tão automático escrever sobre os assuntos cotidianos, que usar da originalidade textual se tornou uma ofensa.

Então vamos nos entregar as linhas editoriais vendidas e a falta de cérebro em nossas mentes monopolizadas. Quem sabe assim nós seremos aceitos? Leitores, isso é só um desabafo de quem percebe a morte se comunicando todos os dias com o padeiro da esquina.

Casais sem-teto dormem sujos de mãos dadas na rua que passei para uma entrevista de estágio. Por um segundo pensei que o amor pode ir além das brigas pelo Skype.

E assim a semana caminha para o Carnaval que nunca saiu de


mim. 


                                _Manuela Felix_

Years




“Sua vida só vai mudar quando você começar a acreditar”. A frase - dita por uma amiga negra de sorriso reluzente - me fez pedir a Deus mais fé, força, amor e alguma coisa que não se traduz em palavras. Mas que provavelmente preciso também.

Confesso: não tenho como revelar o desespero quando nada mais te abala, nem mesmo os belos sorrisos e os fortes abraços. Nada toca a sua alma, pois você está oco pela dor.

Observar as crianças sendo adultas com as vozes do último verão. Perceber que os animais correm para as bolas coloridas nos espaços induzidos. Ainda bem que os meus olhos não se afastaram completamente da sensibilidade.

É sobre isso que escrevo, enquanto trabalho para um futuro onde os pés vivem nas trilhas de múltiplas línguas.


Não comprei a minha mochila.


                                   _Manuela Felix_

Pseudo




Por volta das 12h, eu estava com um frio particular ao subir a ladeira do meu destino. Uma casa que já conhecia, mas com moradores estranhos e de aparência dócil. Já me enganei por algum tempo ao pensar nas atitudes verdadeiras com segundas intenções. Entretanto, a realidade é bem diferente.

Ler a bíblia no momento de caos para escutar palavras semelhantes no ônibus com passageiros inclinados pelas colunas fraturadas. Assim foi como observei.

As frases não conseguem sair. Elas escolheram a prisão dos que não demonstram o amor. É uma proteção mediante a poeira dos anos de consequentes tempestades.

Não consigo ouvir o som, até porque a notícia faz do teclado o meu instrumento musical no planeta diário.

Cidades.

                                            _Manuela Felix_



Queen




Uma semana. Foi o tempo que levei para fazer novas escolhas e me reerguer. Tudo voltou e como se não bastassem as dores em todo corpo lembram-me que recomeçar às vezes dói. É a academia.

Logo no primeiro dia que voltei a malhar, fui bem cedo, e enquanto estava na esteira vi o sol nascer reluzindo sua luz no mar. Maceió têm as suas vantagens e uma beleza que poucos reconhecem.

A minha agenda está completa de metas e compromissos para esse mês. Não é de se estranhar que eu ande um pouco pensativa, formulando a melhor maneira de agir.

O caminho sobre a estrada tentando não repetir os mesmos passos é um daqueles desafios cotidianos. A minha espera existe toda a esperança necessária para prosseguir. Então, do que adianta desistir agora?

Play the game.

                                  _Manuela Felix_


Nascimento




Chegou o início de um novo mês. Confesso que janeiro foi de uma agitação completa. E as metas para fevereiro? Elas vão continuar. Afinal, temos o decorrer do ano para lutar por nossos sonhos.

Enquanto escuto Christina Aguilera, fico ansiosa pelo que virá. O blog está crescendo e eu... enfim, vocês sabem: to vencendo um leão a cada dia.

Quantos livros ainda faltam para ler? E os shows que ainda não fui? E os amigos que ainda não fiz? E as viagens que ainda não acontecerão? E aquela mudança louca como se fosse uma peregrinação? Meus queridos: tudo tem seu tempo certo.

Sofri um pouco com oportunidades que se perderam no meu caminho. Não me saí muito bem com as entrevistas e muito menos com algumas provas que nem a circunstância me proporcionou clareza.

Para compensar, estou compreendendo mais um pouco o novo lar com aquela vontade enorme de ir embora. Mas eu precisava entender Alagoas, a cultura e as lágrimas desse povo. É tudo tão lindo aqui. Agora posso ver.

E fevereiro também é recomeço. De volta à faculdade, aos projetos, a luta pela boa convivência, a academia, a autoescola, ao curso de inglês, ao jornalismo...


A vida segue.

                                    _Manuela Felix_
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