Por entender




A quem devo culpar o motivo da minha fúria?
A quem devo acusar por ter me feito chorar?
Por quem minhas palavras precisam ser ouvidas?
Eu não sei.
Nunca o vi.
Não sei como são seus olhos.
Não sei como é seu cheiro.
Não sei o tom da sua voz.
Não sei dos seus pensamentos.
E por não saber nada, sei tudo.

Depois de tanto tempo
minha mão pousa sobre as linhas do eucalipto
Percorrendo a ira do meu coração
Só para lhe dizer tudo que nada sei
ao som do vento.

                                                                      _Manuela Felix_

Música




Este mundo de crueldade se molhou.
Para a terra que encosta os meus pés
temos o amor palavriando ao vento.
É olhar dos que odeiam.
É saída dos que buscam matar.
É ação dos que temem ser amáveis.
É sentir dos que gelados possuem um coração.
É sabedoria dos pensamentos egocêntricos.
É doação das próprias maldades.
As pessoas precisam de dias.
Palavras pequenas.
Grandes mentiras.
O mal neste mundo luta com o bem 
de uma minoria que espera nos sonhos a felicidade.          
                                                                        

                                                                           _Manuela Felix_

Um novo tempo




O meu tempo tem sido sonho e descoberta. Depois de tantas estações com folhas mortas e sem vida chegou uma época onde os meus passos pousam em caminhos mais belos. Existe muito o que fazer mas sei do muito que já foi feito. Se você olhar nos meus olhos verá que a pessoa que estava ali não existe mais. Hoje tem uma alma que brinca. Um coração que se ergueu. Uma lágrima que escorre cheia de luz. Uma paz real. Uma alegria meio infantil. Uma força de mulher. Não sei me definir muito bem. Por isso não me limito mas me refaço passo a passo sem distinção. Sem medo.


                                                                    _Manuela Felix_

Contentamento





Felicidade é não ter tudo
e mesmo assim ver tudo
em tudo que se tem.

É ser grato pelo sol mesmo se ele não chegar a brilhar.
Pela flor mesmo se ela não nos deslumbrar com sua cor.
Pela mão que escreve mesmo que ela não seja rica no ser belo.
Pela música mesmo que não haja mas razão e nem como escutar.
Pelo respirar mesmo que só tenha sentido os cheiros da noite.
Pelas palavras mesmo não havendo esperança do som.
Pelo azul do céu mesmo que ele esteja escondido pelo cinza das tempestades.
Por ainda participar das entrelinhas do nascer...

                                                                      
                                                                                  _Manuela Felix_
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