Raça



Enquanto 2015 não chega, vou sentar na linha da comunicação e fazer a inspeção de como estou e de como iniciei. É normal que nessa época façamos aquela reflexão do que fizemos ou deixamos de fazer. Eu mesma tenho muito para contar, mas não sei como dizer.

Quando esse ano começou eu tinha traçado planos que, em sua maioria, não ganharam toques de realidade. Pensei estar mais segura das escolhas e dos passos pré-definidos.

Mas veio a roda do tempo e me chamou para tomar uns drinks. Pensei em DEUS, na família e nas aulas que não assisti. O tempo mostrou, enquanto eu tomava uma vodka, que fiz aquilo que tinha de ser feito.

Vou ao cinema de forma interestelar para participar dos jogos vorazes na primeira parte da esperança. Yves Saint Laurent fuma, consome drogas, talento e criatividade.

E vejo o tempo comigo, me fazendo conhecer pessoas que nunca vão sair do meu caminho com pedras históricas que na noite passada absorveram o vômito de todas as farras comemorativas. Ele foi cama e santuário das minhas lágrimas. Mas agora estou bebendo bem menos, pensando bem mais, vivendo por dentro e por fora.

Valorizar as relações afetivas é de uma sutileza ímpar nos encaixes. Cada pedaço do Brasil está comigo em grupos do Whatsapp e já estou longe, Preciso aproveitar esses últimos segundos enquanto os tenho perto de mim.

Chamaram-me de tanta coisa e gritei para os quatro cantos que vou ficar mais calma. Faltou o espelho das palavras refletir a alma.

Não pergunte porque eu sempre vou. Talvez para ter muitas histórias quando surgir àquela vontade de

voltar.


                                                   _Manuela Felix_

Merci





A folha em branco potencializa a dor de cabeça. Não consigo escrever a latência de poucas palavras na construção do texto coerente. Ponho os dedos sobre o teclado e começo aquele ritual.

Milton Nascimento em seu “cais” embalou o som das palmas. Pois é possível inventar uma lua nova e, até mesmo, o sonhador. Mas já podaram muitos momentos e desviram alguns destinos.

Ainda quero falar uma coisa que pode estar aqui do lado. .Bem mais perto do que pensamos. É uma questão de juventude e 

fé.                                           

                                                   _Manuela Felix_

Santo




Marcamos. Anotei na agenda. Planejei. Escolhi a saia colorida e uma bolsa cara. O perfume de sempre. A força maior. Objetivamente, eu não tinha foco. Fui ao banheiro. Voltei e me fiz cliente ao folhear o cardápio.

O atraso já esperado me permitiu sentir a música do vento. Observei as pessoas ao saborear uma sensação rara de não ter o que fazer. Foi quando ele chegou.

A postura, os pés e o cansaço. Tudo isso estava no rosto dele poeticamente envolvido pela fumaça do cigarro. Era lindo.

Esse momento de contemplação aliava-se ao papel, as ligações e as inúmeras mensagens que corroíam a minha saúde mental. Eu também estava cansada, mas com ele ao meu lado percebi o mundo na paz tranquila onde podemos fumar sem preocupação.

Da conversa, tiramos proveito de histórias formadas por felicidade, dor e aprendizado. Não queria ir embora. Tudo se estendeu para caminharmos juntos ao ponto da despedida. E isso foi só uma reunião.

Talvez.
                                               _Manuela Felix_

Eleitor




Se eu contasse tudo que vivi nessas últimas estações sentimentais, vocês não iriam suportar. Mas quem sabe não recebo um pouco de crédito conseguindo me fazer sincera ?

Antes de tudo, estava envolvida no hoje considerado o maior evento para estudantes de jornalismo em Alagoas. Uma equipe, várias ideias, reuniões, faltas e brigas. Foi um sucesso com efeitos colaterais.

Perdi amigos, a confiança em muitos e a minha raiva cresceu. A fúria está mais nos meus olhos e passeia a galope dentro de mim. Quem tiver coragem, pode me testar.

Deixando um pouco esse lado da ameaça, vamos ao amor. Me mudei, conheci pessoas especiais, fui a um psicólogo inusitado, peguei gelo, mesa, cadeira e faixa. Pude ser até mãe, pois conversar tem dessas coisas.

Não me arrependi das escolhas, nem dos passos obscuros. Eu precisava do desafio e este me fez acordar.

Ainda bem.

                                                           _Manuela Felix_

West




Por Lana, fiquei sabendo que na Costa Oeste existe um ditado: "se você não está bebendo, não entra no jogo". E a música vem na correnteza querendo entender as portas fechadas e a esperança perdida.

É como a voz para me afastar. A saudade de quem mora longe passeia dentro de mim. Em silêncio, concluo: seu cigarro está aceso na varanda.

Como é doce o garoto. Ele tem seus ícones, suas estrelas de cinema, suas rainhas de Saigon. Mais quente do que o fogo são as conversas decepcionantes no whatsapp.

Mas isso é amor,

baby. 


                                                     _Manuela Felix_

Eduardo




Subi as escadas à espera do meu almoço. Pensava no que eu tinha para fazer naquele dia aparentemente comum. A agenda completa, a cabeça cheia, a blusa amassada e o sapato sujo. Mas quando toquei os meus pés dentro de casa, fiquei sabendo: você tinha ido embora.

Eu sentei na cozinha, minha mãe no sofá e meu pai na mesa. Nós chorávamos juntos. O telefone não parou de tocar e o meu celular recebia notificações de inúmeras mensagens. As pessoas desejavam a nós, uma família pernambucana que hoje mora em Alagoas, força para esse momento de dor.

Na verdade, nunca imaginei o quanto sentiria quando Eduardo Campos morresse. Cresci admirando sua força, seus ideais e tudo que ele fez por nós, pernambucanos.  Ainda não suporto ver as notícias de que ele se foi.  Estou chorando todos os dias, mesmo sorrindo.

Sei que as especulações sobre o que aconteceu assombrarão as nossas certezas bem como as filas de pensamentos entristecidos. Minha alternativa é seguir um dos últimos conselhos de Eduardo Campos: “Não vamos desistir do Brasil”.


E não desistirei.

                                             _Manuela Felix_

Paz



Enquanto procuro uma resposta no meio de uma outra conversa delicada, a menina me contou que pretendia esquecer algumas experiências negativas do passado. Li e me pareceu semelhante com os meus medos e incertezas antigas.

Olhei o espelho interior e disse:” Tudo foi como tinha que ser. Eu mesma tive que passar por coisas ruins para valorizar a mim mesma. Sinto como se fosse a última vez. Porque pode ser a última mesmo.”

Realmente fiz a escolha de virar a página e ler o próximo capítulo da história da minha vida. Os cofres da lembrança nos servem de aprendizado. A gente continua seguindo em frente.

Dos pontos finais conheço bem e me parecem necessários. Melhor ainda são as reticências.

Há sempre uma chance.


                                                              _Manuela Felix_

Diário



Dentro do local, eu lia Ricardo Noblat e aguardava a minha vez. O clima de Copa do Mundo perdeu a beleza com a derrota da seleção brasileira. O luto vestia verde e amarelo.

Sobre o meu aniversário - que foi no dia 30 de junho -  restaram presentes, amigos, abraços, sorrisos, bolos e quilos a mais. Uma ligação me fez chorar. Faz parte.

Devido aos problemas com o computador, a blogueira aqui não fez mais postagens e escrevia na imaginação possíveis textos sobre pintura alagoana. Pensei que não ia conseguir desenvolver o assunto de um lugar que mal conheço. Ou penso não conhecer.

Nas horas vagas dessas férias, vou seguir na crença de que a alegria tem um jeito doce de permanecer comigo. O sorriso largado vai incomodar os corações aflitos, as notícias sem apuração, os olhares desafiadores e a fúria calma da falsidade diária.

Calada estou e me pergunto: “de onde tiro forças para suportar isso?"


                                                           _Manuela Felix_

People




Percebi o quanto crescemos e o muito conquistado. A negra olhava uma placa que dizia “Venha para a melhor de Alagoas”, e eu me questionava: será que esse é o melhor lugar?

Bem: quando cheguei não conhecia ninguém, nem a mim mesma. A ciência conquistou e os conflitos diários se moldaram aos momentos felizes que viriam. O cinza turístico foi substituído pelo azul e vermelho de uma bandeira desvalorizada.


Conheci municípios, famílias, casas, amigos e dores. Tudo isso aqui onde estou. Calma é saber da construção que valeu a pena. Suspeito pensar na volta ao passado. Agora, só penso em ir.


No ônibus tocava The Beatles e as ruas em verde e amarelo ofuscam os meus pés cansados da Copa do Mundo.


Julho já vai chegar.


                                         _Manuela Felix_

Newspaper





A notícia é aquela temperatura social que contagia os nossos pensamentos e intuições. 
Sua objetividade é a fórmula para nos “informar” em cotidianos caóticos onde comemos 
de mãos vazias e pés sem destino. O sistema opressor molda a nossa
 personalidade influenciável. Mas isso já é demais para se admitir. 

Os vários meios - como jornais, revistas, sites, blog’s e telejornais - querem e conseguem traçar as nossas atitudes. Como ser independente? Como ver a sociedade sendo tratada como igual? Como olhar no espelho do passado, entender o presente e ter esperança no futuro?

Minha mãe na sala assiste o jogo do Brasil e meu pai faz uma "média" culinária. Eu escolho a roupa para sair em horas úteis, longe das saias transparentes e do batom vermelho. Discordâncias vivem dentro e fora da primeira pessoa do singular. 

Me. 


                                            _Manuela Felix_




Quase



A mulher tinha cabelo vermelho, vestido florido, olhos cansados, trinta centavos nas mãos e o desejo de ter um pão. A pobreza estava presente, porém a minha carteira tinha 50 reais. Talvez eu seja rica, mas tenho faturas para pagar. Será que vou ter trinta centavos para comprar pão?

Enquanto isso, pego uma carona no posto 7 - em Maceió -  em direção a um lugar que não conheço. O estresse faz com que tenhamos atitudes extremas. Realmente, o objetivo era sumir às 2h da manhã para o nível celestial e ver o mar quando me colocavam contra a parede.

O beijo na testa me fez pensar: isso é ser feliz? Não sei, pois uma melodia toca dentro de mim como um lamento sertanejo. Por ser lá do sertão, lá do cerrado, lá do interior do mato ou do roçado, eu quase não consigo ficar na cidade sem viver contrariada.

Na certa, prefiro falar limitadamente e saber pouco dessa multidão.


Gilberto, Gil...

                                    _Manuela Felix_



Song



Tentei de todas as formas e não consegui baixar o aplicativo. A memória do celular geralmente é menor que o dinheiro restante no fim do mês. Tive que excluir algumas fotos antigas, uns vídeos engraçados e algumas músicas históricas. Mas, por fim, fiz o download do app.

É mais fácil coordenar a importância tecnológica do que uma vida em chamas. Como ter mais tempo para dormir? Como direcionar a sua habilidade teórica com a consciência prática dos últimos acontecimentos?Como sorrir enquanto dobro a esquina de breve adeus?Respondam-me leitores. Por favor.

Às vezes, esqueço que tenho bons livros, café, coisas para organizar e bons motivos para acordar de manhã. Além disso, perco a noção de que trabalho em um lugar que amo com pessoas igualmente amáveis e que tenho amigos para rir das maiores idiotices e para estarem comigo nas horas mais difíceis. O que eu tenho mesmo são aqueles momentos inesquecíveis e sonhos para realizar.

Então, escolho transformar todas as coisas ruins em suavidade poética.

Sempre.

                                        _Manuela Felix_

Plural




Somos todos iguais e juntos podemos fazer coisas incríveis. Acreditem: o dia estava claro quando um amigo distante me ligou. Eu ri e chorei no mesmo instante. Foi como voltar ao interior e sentar na margem cheia de vida.

Nesses momentos a criatividade foi embora e encontrou alguém de óculos ray-ban, camisas estilosas, aparelhos nos dentes e codinome "dois reais". Estar com ele é recomeçar. Essencialmente.

A personagem é alegre, gosta de flores, tem a mania da perfeição e se sente livre no meio do campo. A revista plural vem aí e isso é tudo culpa da mídia em meio à semana de moda. Eu fiquei sabendo em uma conversa de jornalista.  


SomMar.

                                   _Manuela Felix_




Trabalho



São dessas tardes que vivo falando. Enquanto caminhamos em conversas sem fim, as entrelinhas se diluem para os cantos do novo lar. Uma estrada com duas rodas por onde rastejam os objetivos.

Isso acontece quando escolho valorizar o sono e as horas em que a minha cabeça pousa sobre o travesseiro pelo som da chuva seca. Os favos de mel nos carros, as pessoas pela rua e a desistência. Faltam estratégias e não tenho mais argumentos.

Uma revista está surgindo e vários eventos se aproximam. É tudo tão escuro dentro de mim como uma sombra cansada nos jardins espaciais. A coragem se foi, mas a música é a trilha no ônibus desconhecido.

O encontro vem aí. How can you mend a broken heart?

Pensei.

                            _Manuela Felix_

Belchior



Nós éramos jovens. Um dia, enquanto caminhava pelo bairro da Várzea, eu o conheci: anjo de sorriso tímido, amizade sincera e com vida em afogados.

E o ser celestial se encontrou comigo na varanda de uma rua colorida. Depois daquele instante não seriamos mais os mesmos. Por isso, cuidado meu bem. Há perigo na esquina sob a luz das estrelas.

Ele veio para o lugar onde moro e sei de tudo na ferida viva do meu coração. Faz tempo que te vi e essa lembrança é o quadro que dói mais.

Apesar de termos feito tudo o que fizemos, as aparências não podem enganar durante as estações. Talvez eu ame o passado e não consiga ver que o novo sempre vem.

Estamos sentados em cada lado nordestino. É o que se fez o seu lábio, o seu braço e a sua voz consciente de uma nova juventude. E por medo de avião eu não disse


adeus.

                                       _Manuela Felix_

Neon




Sons me fizeram esquecer. O chão pulsante e as vozes de um lugar inesquecível. As luzes ainda estão dentro de mim e o sol no outro dia que nasceu.

São duas semanas agitadas por uma agenda completa, bloquinhos com anotações, eventos que vão acontecer e uma mente pequena para tantos pensamentos.

Não os deixei e muito menos esqueci. Talvez precise estruturar e seguir em frente, como sempre. É louco ver o menino correndo e as vontades se modificando.

Tudo é possível. Até porque Deus não usa o homem para mudar as circunstâncias, mas sim as circunstâncias para mudar o homem. Foi isso que escutei na igreja enquanto recuperava as forças da noite anterior.

Dance.



                                                   _Manuela Felix_

Thayná



Não tenho boas lembranças, pois sobraram migalhas de atenção. Família é algo dito precioso, base social que respira sobrenomes e laços de sangue. Sem destino. Sem caminho certo pra voltar.

A distância entre irmãos acalma os quartos silenciosos. A aparente ironia de um canto, sorrindo em preto e branco, na paisagem do Rio. Que o amor não vá embora.

Hoje pode ser teu aniversário e, de última hora, alguém faz um vídeo com a música que você compôs. Nas imagens têm-se uma autoria conhecida. São as despedidas que se evitam durante uma visita breve.

                                                                              _Manuela Felix_


Assista:                                       




De Ricardo para a irmã Thayná:

" Surpresa! Hoje é aniversário da minha irmã, Thayná Oliveira. Para comemorar essa data decidi de última hora fazer um vídeo para uma das músicas que ela gravou em seu CD. As imagens foram feitas por mim (mesmo sem ela querer rsrs) durante uma visita dela, no Rio de Janeiro, em 2012. Já faz um tempo, mas, nas nossas despedidas, sempre desejo que esse nosso amor "Não Vá Embora"... Te Amo! Espero que goste do clipe."

Bossa Nova



Dediquei o tempo à nova rotina. Estou levantando mais cedo com pensamentos rápidos. Uma orientação para o norte das faces cansadas que acordam às 6h.

O horário está apertado, mas felicidade é algo especial. Talvez essa seja a chance no lugar que eu esperava.

Agora existe a formatura, telefones tocando e um café frio em cima da mesa. É o olhar distraído combinando encontros sem inspiração.

E eu que era triste ao encontrar pude conhecer. Porque meu coração bate feliz quando te vê. E os meus olhos ficam sorrindo pelas ruas. Mas mesmo assim foges de mim.

Água de beber.



                        _Manuela Felix_

Survivor




Porque você precisa colocar as flores na cabeça, falar com sinceridade, dar um fim nos monstros do passado, tentar fazer a melhor maquiagem e vestir sua fantasia enquanto a multidão tira fotos do seu sorriso e da sua luz.

É necessário aprender que nada é para sempre. Talvez você possa sentar na grama verde de algum lugar bonito e ouvir o vento dar risada à toa. Acredite que uma simples carona pode mudar sua vida e um cachorro feliz te proporciona paz.

Ao seu lado, na hora do almoço, podem estar anjos te ensinando sobre a leveza no caminho. Os telhados esculturais são lindos e uma alegria pode chegar após o sofrimento momentâneo. Suba na plataforma e ouça as crianças te chamando. As cores pintam seu medo cinza. 

Aquele livro ainda quer ser lido, aquela roupa ainda quer ser desenhada, aquela chance ainda vai acontecer. Você precisa saber da sobrevivência em músicas que te fazem chorar.

Levanta e recomeça.

                                              _Manuela Felix_

Jornais




Estou em guerra com o lead, o gênero informativo e o jornalismo piegas sem profundidade. É tão automático escrever sobre os assuntos cotidianos, que usar da originalidade textual se tornou uma ofensa.

Então vamos nos entregar as linhas editoriais vendidas e a falta de cérebro em nossas mentes monopolizadas. Quem sabe assim nós seremos aceitos? Leitores, isso é só um desabafo de quem percebe a morte se comunicando todos os dias com o padeiro da esquina.

Casais sem-teto dormem sujos de mãos dadas na rua que passei para uma entrevista de estágio. Por um segundo pensei que o amor pode ir além das brigas pelo Skype.

E assim a semana caminha para o Carnaval que nunca saiu de


mim. 


                                _Manuela Felix_

Years




“Sua vida só vai mudar quando você começar a acreditar”. A frase - dita por uma amiga negra de sorriso reluzente - me fez pedir a Deus mais fé, força, amor e alguma coisa que não se traduz em palavras. Mas que provavelmente preciso também.

Confesso: não tenho como revelar o desespero quando nada mais te abala, nem mesmo os belos sorrisos e os fortes abraços. Nada toca a sua alma, pois você está oco pela dor.

Observar as crianças sendo adultas com as vozes do último verão. Perceber que os animais correm para as bolas coloridas nos espaços induzidos. Ainda bem que os meus olhos não se afastaram completamente da sensibilidade.

É sobre isso que escrevo, enquanto trabalho para um futuro onde os pés vivem nas trilhas de múltiplas línguas.


Não comprei a minha mochila.


                                   _Manuela Felix_

Pseudo




Por volta das 12h, eu estava com um frio particular ao subir a ladeira do meu destino. Uma casa que já conhecia, mas com moradores estranhos e de aparência dócil. Já me enganei por algum tempo ao pensar nas atitudes verdadeiras com segundas intenções. Entretanto, a realidade é bem diferente.

Ler a bíblia no momento de caos para escutar palavras semelhantes no ônibus com passageiros inclinados pelas colunas fraturadas. Assim foi como observei.

As frases não conseguem sair. Elas escolheram a prisão dos que não demonstram o amor. É uma proteção mediante a poeira dos anos de consequentes tempestades.

Não consigo ouvir o som, até porque a notícia faz do teclado o meu instrumento musical no planeta diário.

Cidades.

                                            _Manuela Felix_



Queen




Uma semana. Foi o tempo que levei para fazer novas escolhas e me reerguer. Tudo voltou e como se não bastassem as dores em todo corpo lembram-me que recomeçar às vezes dói. É a academia.

Logo no primeiro dia que voltei a malhar, fui bem cedo, e enquanto estava na esteira vi o sol nascer reluzindo sua luz no mar. Maceió têm as suas vantagens e uma beleza que poucos reconhecem.

A minha agenda está completa de metas e compromissos para esse mês. Não é de se estranhar que eu ande um pouco pensativa, formulando a melhor maneira de agir.

O caminho sobre a estrada tentando não repetir os mesmos passos é um daqueles desafios cotidianos. A minha espera existe toda a esperança necessária para prosseguir. Então, do que adianta desistir agora?

Play the game.

                                  _Manuela Felix_


Nascimento




Chegou o início de um novo mês. Confesso que janeiro foi de uma agitação completa. E as metas para fevereiro? Elas vão continuar. Afinal, temos o decorrer do ano para lutar por nossos sonhos.

Enquanto escuto Christina Aguilera, fico ansiosa pelo que virá. O blog está crescendo e eu... enfim, vocês sabem: to vencendo um leão a cada dia.

Quantos livros ainda faltam para ler? E os shows que ainda não fui? E os amigos que ainda não fiz? E as viagens que ainda não acontecerão? E aquela mudança louca como se fosse uma peregrinação? Meus queridos: tudo tem seu tempo certo.

Sofri um pouco com oportunidades que se perderam no meu caminho. Não me saí muito bem com as entrevistas e muito menos com algumas provas que nem a circunstância me proporcionou clareza.

Para compensar, estou compreendendo mais um pouco o novo lar com aquela vontade enorme de ir embora. Mas eu precisava entender Alagoas, a cultura e as lágrimas desse povo. É tudo tão lindo aqui. Agora posso ver.

E fevereiro também é recomeço. De volta à faculdade, aos projetos, a luta pela boa convivência, a academia, a autoescola, ao curso de inglês, ao jornalismo...


A vida segue.

                                    _Manuela Felix_
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