Eduardo




Subi as escadas à espera do meu almoço. Pensava no que eu tinha para fazer naquele dia aparentemente comum. A agenda completa, a cabeça cheia, a blusa amassada e o sapato sujo. Mas quando toquei os meus pés dentro de casa, fiquei sabendo: você tinha ido embora.

Eu sentei na cozinha, minha mãe no sofá e meu pai na mesa. Nós chorávamos juntos. O telefone não parou de tocar e o meu celular recebia notificações de inúmeras mensagens. As pessoas desejavam a nós, uma família pernambucana que hoje mora em Alagoas, força para esse momento de dor.

Na verdade, nunca imaginei o quanto sentiria quando Eduardo Campos morresse. Cresci admirando sua força, seus ideais e tudo que ele fez por nós, pernambucanos.  Ainda não suporto ver as notícias de que ele se foi.  Estou chorando todos os dias, mesmo sorrindo.

Sei que as especulações sobre o que aconteceu assombrarão as nossas certezas bem como as filas de pensamentos entristecidos. Minha alternativa é seguir um dos últimos conselhos de Eduardo Campos: “Não vamos desistir do Brasil”.


E não desistirei.

                                             _Manuela Felix_

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