Quarto



Nessas últimas horas de janeiro, a paz tem aquele jeito doce de ficar com as mãos suaves para o adeus. Do primeiro ao último dia deste mês, eu só tenho a agradecer. Foram muitas conquistas, saudades que não sinto mais e beijos de tempo incerto.

Confesso: estou em uma transição dos pensamentos pelas metas para 2014. Uma agonia subentendida buscando desistência.

Mas algo dentro de mim sempre diz: “Vai. Acredita. Persevera”. E com essa voz interior eu levanto todas as manhãs em lugares que não são meus pela delicadeza da etapa para o momento seguinte.

Hoje pensei de onde vim e na alegria do caminho que volta onde me perco, converso com gente desconhecida e organizo as melhores flores.


Beautiful.

                    _Manuela Felix_

TPM




Esse é o grupo mais badalado do meu whatsapp atualmente. É muito simples: as participantes são mulheres que passam o dia inteiro conversando, desabafando e a melhor parte é que as “girls” mal se conhecem. Tenho uma felicidade estranha por me apegar ao celular desde as 7 horas da manhã, desejar bom dia com a rotina das divertidas mensagens trocadas. E ainda tem o uísque da última festa acompanhado pela ressaca assassina de qualquer segunda-feira.

Leitores me desculpem, mas não tive como atualizar todos os acontecimentos. Eu voltei para Pernambuco e revi muitas pessoas. Foi um tempo de muita reflexão sobre mim, as metas, as escolhas. Até dentro de um carro eu pude ser a mais feliz e a mais triste em fração de segundos.

A praça do meu lugar está quebrada pelas reformas eleitorais. Afinal, estamos no ano das eleições e na terra da Pitú vale tudo para eleger um Lira, um Aglailson ou até mesmo um Queiroz. Já escolheu seu pior candidato?

Além disso, sentei no sofá da amizade mais antiga e chorei porque queria voltar, mas sabia que precisava ir porque a terra que me fez nascer se tornou pequena para os meus sonhos e nem o amor que tenho foi suficiente para impedir minha partida.  

E completando todas as fofocas, o meu ex voltou das cinzas. Acreditem!!! Os diálogos são uma constante e as revelações não param. Tanta dor poderia ter sido evitada por uma simples conversa, não é mesmo?

Entretanto, uma amiga minha disse uma vez que as coisas são do jeito que tem que ser. E quando me bate um desespero, eu vou lá no “TPM Girls” e falo tudo que sinto. Desabafo até ficar com os olhos quase em lágrimas. Como retorno, leio com atenção todos os conselhos que minhas companheiras de fé, de dúvidas, de amores e de dores compartilham comigo.

Quase ia me esquecendo: estou fazendo uma reportagem sobre os folguedos alagoanos e confesso que está faltando àquela inspiração. É o vinho, o uísque, é a cana braba desses meus sentimentos.


Mai, mai, mai...

                               _Manuela Felix_

Montanha




Refaz-se o assento no chão frio de uma segunda-feira fora do comum. Muito para pensar, decidir e escolher. As pessoas ao meu redor nem imaginam como tenho me estruturado por dentro.

A vida segue.

Nunca me dei bem nos discursos e palavras perfeitas nas horas convenientes. O que sai pelo canto da boca, dói pelo receio de não ser simplificado. Um foco constrangedor em preparar o futuro invisível.

As horas não medem a intensidade e relativizar é um grande erro como construir um abismo correto de pétalas vivas pela verdade escondida.

Um ponto de largada para mil instabilidades consequentes.


                                 _Manuela Felix_


Paralelo


z


Eu troquei de estrada para tocar o vento com o meu sorriso. Triste o caminho de volta, mas eu não era a mesma. Até porque foi uma bela maneira de terminar o ano para começar outro sem as dúvidas passadas.

Com as moedas mexicanas fiz um colar que me lembre do quanto fui tola de esperar por tanto tempo algo que estava bem na minha frente. Não sei se vai dar certo, não sei do futuro. Contudo, alguém muito importante me disse uma vez por inbox que às vezes não ter certeza é a melhor coisa.

Na hora eu fiquei um pouco confusa, mas entendi que é bom descansar em DEUS, pois Ele é quem sabe de tudo; confiar que o futuro são gotas dos momentos bons e ruins para resultar em nossa construção como ser humano.

Sofro daquela síndrome dos viajantes culturais que não nasceram para ficar em um só lugar. A vida não precisa ser linear. A vida precisa apenas ser da maneira como nos faz bem.

Voltei com a força dos que amam as coisas simples e, principalmente, com a paz de mil primaveras vividas em raros segundos de alegria e cumplicidade.

Não sei dizer muito. Então se deixe sentir.

Inspire.

                                _Manuela Felix_
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