Escrito



A poeira no ar e para mim era tão sensível percebê-la. Tinha fim, mas o que me causava encantamento era um pó brincando com o vento. Os carros pela rua em noite. O muro estreito e os meus passos rastejavam para um lugar que eu não queria ir.

Entretanto, nem tudo foi desalento. Havia uma conversa de tantos planos. Um sonho com passado envolvendo o presente e predestinando o futuro. Maktub! Estava escrito em alguma folha de papel esquecida, intitulada pela minha história.

O cansaço, a velhice, o peso maior, o acumulo das decepções... Isso compunha a beleza do medo em ter que se aproximar.

Não me pergunte de quem estou falando ou de que. Pode ter certeza leitor, se pensar um pouco, vai descobrir.  Portanto, não me questione tanto; não me deixe ainda mais confusa.

A aula foi à distância e a nota hipócrita, por incrível que pareça, máxima. Mas do que me vale isso? Eu só penso na poeira dançando, cantando...


para mim.

                             _Manuela Felix_

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