Unidas?



Olhei a borra de café que se abria pelo chão. Os detalhes do tapete perdiam a vida enquanto todos da sala riam, esbravejavam, viam televisão, se olhavam e se amavam apesar de tudo. Talvez seja algo que não se vê muito hoje, mas o que se pode fazer? É a família.

Em todas as épocas, contos e músicas, a união sempre fez a força clichê de simplesmente ser e ninguém pode contestar a pura verdade. Se Caetano, Gil ou Gal não estivessem unidos provavelmente não valeria a pena ouvir muitos dos tons brasileiros. Como sempre os laços de sangue, de culturas, de poder, de ódio ou amor em vão são rejeitados, pois nada pode impedir o inevitável triunfo.

Quando a II Guerra Mundial veio como as tempestades de eras e tempos em países e gerações, a comunidade internacional teve um súbito sentimento para manter a paz. A ideia de criar a Organização das Nações Unidas (ONU) veio através de um planejamento de anos, horas, hipocrisias e lágrimas com intenções fingidas.

A união de nações organizadas aprovou envio de rebeldes a Rússia, viu os próprios interesses econômicos e todas as palavras vindas dos vulcões do calabouço de toda podridão humana prevalecerem. Vidas foram sacrificadas, multinacionais enriqueceram, as plantações morreram, o comércio das armas continua e a guerra na Síria interrompe histórias, como a minha e a sua, de gente que só queria acreditar que o sonho é possível.

Onde está a paz? Onde está a verdadeira força? Onde está o pano para limpar o café que caiu no tapete da minha casa?


Estou procurando a resposta para tudo, mas o que posso fazer agora é escrever a tradução da minha inquietação para você. Ajude-me. 



                                              _Manuela Felix_

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